quinta-feira, 8 de novembro de 2007

MOÇA


Moça


Não estou falando de um mundo cor-de-rosa ou de pessoas perfeitas,

sempre prontas para nos acolher, amar, caminhar ao nosso lado.

Não falo disso, mas da tristeza nos olhos de quem vira as costas e a gente não vê.

A beleza por dentro de um peito encouraçado que a gente não sente.

A solidão de quem afasta um amor e se deita em camas tão frias.

É do instante quando os olhos se perdem no nada e nenhuma mentira é capaz de enganar si mesmo.

É desse instante solitário, desse instante sem abraço, que eu digo.

Todo mundo vai virar as costas ou dizer que merece coisa melhor ou debochar das mentiras que eles contaram... mas a gente pode sempre voltar e acolher com amor, ser os primeiros a começar.

Afinal, se a hostilidade do mundo despertar a nossa, quem vai ser o primeiro a sorrir?

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